sexta-feira, 14 de maio de 2010

5 Razões para se Votar na Chapa 2


1. A Universidade é um espaço por excelência de trocas e colaborações entre professores, alunos e funcionários. Desse cotidiano marcado pela convivência é que o conhecimento se constrói e é difundido. A Chapa 2 tem o compromisso intensificar todas as formas de cooperação entre saberes, transformar a UnB num espaço vivo, onde as contradições, as oposições convivam civilizadamente.

2. O conhecimento e seu desenvolvimento é um processo dialético. Em oposição à defesa do emprego de recursos sinestésicos para acentuar o isolamento das pessoas, a Chapa 2 caminha com convicção para o lado oposto. Defendemos que o processo de construção do saber exige um cotidiano marcado pela presença de pessoas. Nossa onda, em oposição à acomodação e individualismo ancorados na participação virtual, é gente de verdade, com nomes, rostos, sexos, voz e ouvidos, gente que se indigna, que discorda, que debate, que recua, concorda e cede .

3. A independência e autonomia para a Chapa 2 não significa ir ao sabor do vento. Nós entendemos que para fazer política com responsabilidade é preciso ter lado. A defesa dos interesses dos professores, quanto aos seus vencimentos, suas carreiras, suas condições para ensinar, cada componente da nossa luta exige determinação e um alinhamento escrupuloso com a democracia, com todos aqueles que se empenham numa luta histórica por um Brasil melhor para todos. Assim, nossa autonomia e independência nos permitem acima de tudo, manter nossos compromissos em prol de uma Universidade Pública de qualidade, plural e autônoma como devem ser os centros de construção do conhecimento.

4. Ocupar a ADUNB. A Chapa 2 defende que o espaço físico do nosso sindicato precisa ser apropriado pelos professores em todas as horas do dia. Para nosso espaço ganhar vida é preciso torná-lo em algo que cada um entenda como sendo o seu lugar. Nesse sentido defendemos que se instale na sede da Adunb serviços como um Café que abrigue atividades culturais de musica, lançamentos de livros, debates e, principalmente, que abrigue no dia a dia as conversas e encontros que hoje precariamente acontecem no Café com Letras.

5. Nós somos de fato um grupo que vai fazer a diferença. Não pretendemos com isso assumir a posição de sermos melhores nem piores do que ninguém. Nós faremos diferença por força da história de cada um dos nossos companheiros de Chapa 2 e seus compromissos de vida com a democracia e com a universidade pública. Nós faremos a diferença porque essa convicção democrática nos permite lidar com as diferenças, com os conflitos de ideias e interesses e construir uma unidade a partir das convergências que só o diálogo e o escrupuloso compromisso com a nossa Universidade pode permitir.

VOTE CHAPA 2 em defesa da UnB

As Chapas Ponto a Ponto

Por: Alex Calheiros e Pedro Russi (CHAPA 2)

Apresentamos as propostas das chapas por meio deste quadro comparativo levando em consideração as principais ações propostas nos respectivos programas. Vale destacar que existem dois tipos distintos de concepção de sindicato e universidade.

O programa concorrente enfatiza a prática clientelista, tutelar, considera o professor como receptor de favores e não como sujeito de direitos.

O programa da CHAPA 2 busca avançar e construir coletivamente; é por isso que conclamamos (a) os professores para que participem e lutem para a obtenção de conquistas para o cotidiano de seu trabalho docente e para o conjunto dos trabalhadores. Ao votar na CHAPA 2 não se está votando somente em uma representação sindical para cumprir formalidades; se está votando em um grupo que, com o conjunto dos docentes, servidores e estudantes, assume o compromisso de defender uma universidade de qualidade digna para todos. Isso é valorizar os que fazem parte da vida universitária!

CHAPA 1
CHAPA 2
Apresenta dois eixos programáticos:
(I)   Em defesa da UnB como universidade pública, gratuita e de qualidade; autônoma, democrática, laica e socialmente referenciada, baseada no tripé indissociável entre ensino, pesquisa e extensão.
(II) Por um sindicato democrático e construído pela base, autônomo em relação a governos, partidos e administrações universitárias, capaz de articular-se ao conjunto das lutas e organizações dos trabalhadores na defesa de seus direitos humanos, sociais e trabalhistas.
Não apresenta
§ Luta contra a precarização do trabalho na UnB: dos docentes, dos professores substitutos, dos professores tutores da UAB quanto ao pagamento das bolsas e dos técnico-administrativos e dos trabalhadores terceirizados.
§ Lutar contra qualquer corte salarial; Coordenar ações em prol da isonomia salarial dos professores; Criar mecanismos mais ágeis de progressão por mérito e por tempo de serviço, como o reconhecimento da legitimidade do CV Lattes como documento comprobatório das atividades acadêmicas; Discutir um plano de carreira que contemple os objetivos, as especificidades e o mérito de nossa profissão; Buscar a extensão das gratificações aos aposentados e equiparação da remuneração dos aposentados com os servidores da ativa; Buscar meios para a criação de mecanismos que garantam uma aposentadoria justa para os professores enquadrados no novo regime de previdência;
§ Valorização do trabalho docente: recomposição e aumento salarial, incorporação de todas as gratificações e demais rubricas ao salário-base, abertura de concursos públicos e implementação
democraticamente discutida de um plano de carreira docente.
§ Financiamento público da universidade e da produção do conhecimento. Contra o processo de privatização e mercantilização progressiva da educação e do conhecimento. Em defesa da educação como direito de todos e dever do Estado.
§ Defesa dos serviços públicos, dos direitos sociais e dos direitos dos trabalhadores. Organização de estruturas de apoio da ADUnB nos campi.
§ Lutar por melhores condições de trabalho;
§ O programa como um todo contempla essa ação
§ Trabalhar por uma ADUnB cada vez mais representativa, realizando campanha de ampliação do número de filiados e criando mecanismos que fomentem uma participação efetiva;
§ Incentivar a renovação, participação e fortalecimento do Conselho de Representantes;
§ Defesa do fortalecimento da ADUnB-SS, de seu Conselho de Representantes e de seu papel na defesa das condições de trabalho dos docentes, da universidade pública e dos seus trabalhadores.
§ Estabelecimento de condições, na ADUnB-SS, para a mais ampla e real participação dos novos campi em nossa seção sindical.
§ Transformação da ADUnB-SS em espaço para a discussão sistemática das condições de trabalho docente dos quatro campi - Darcy, Planaltina, Ceilândia e Gama -, permitindo troca de experiências internas/externas e vinculação entre o nosso trabalho acadêmico e a realidade que vivemos.
§ Continuar aprimorando os canais de discussão e divulgação das questões do sindicato (boletins, jornais, fóruns, encontros, etc.);
§ Abertura de amplo debate interno com a categoria docente sobre o processo de reorganização da classe trabalhadora brasileira na perspectiva da independência de classe e da democracia nas organizações dos trabalhadores.
§ Continuar transformando a Casa do Professor em lugar efetivo de encontro e convivência entre os professores, com palestras, lançamentos de livros, discussões, cultura e lazer, enfim, num local de interação efetiva e afetiva;
§ Continuar participando da busca de soluções aos problemas que dizem respeito diretamente à qualidade de vida dos professores, como plano de saúde e outros, sem perder a perspectiva de luta solidária pela universalização dos serviços de saúde, moradia e transporte;
§ Constituição da ADUnB-SS em fórum de debates da universidade, da educação, da ciência e da tecnologia no país, e dos grandes temas nacionais e internacionais, com clareza de objetivos, onde as razões humanas, sociais e ambientais devem ser defendidas.
§ Transformação da Casa do Professor, sede da ADUnB-SS, em polo de convivência e de eventos culturais, acadêmicos, sindicais e políticos onde também se discutam .os problemas que afetam o cotidiano dos professores, como segurança no campus, moradia funcional, saúde, falta de salas de aula e outros.
§ Promover e estimular eventos que integrem a comunidade universitária (docentes, discentes e servidores administrativos) para pensar e encaminhar propostas para a construção democrática de uma UnB que cumpra seus objetivos e garanta a qualidade de ensino, da pesquisa e da extensão, sem prejuízo das diferenças
§ Recuperação da FUB como fundação pública capaz de financiar e administrar de forma autônoma e transparente os recursos acadêmicos, os orçamentário-financeiros, buscando construir alternativas viáveis para contribuir na superação da lentidão imposta pela atual estrutura burocrática da UnB.
§ Realização do Congresso Estatuinte Paritário da UnB como espaço de elaboração, de debate democrático e qualificado da universidade que queremos construir coletivamente.
§ Defesa do ANDES-SN como sindicato único dos docentes das instituições de ensino superior.
§ Articulação das lutas dos docentes, salvaguardadas suas especificidades, às lutas dos estudantes e dos servidores, promovendo o mais amplo diálogo entre a ADUnB-SS e as organizações sindicais dos demais segmentos da universidade.
§ Busca de articulação, sempre que oportuna e necessária, das lutas dos docentes às lutas do conjunto da classe trabalhadora e da juventude no DF, na região e no Brasil.

Nos dias 18 e 19 de maio, vote na CHAPA 2 – PARTICIPAÇÃO E LUTA

Por que Chapa 2?

Por Valdenízia Peixoto
        Departamento de Serviço Social

Atualmente a universidade pública brasileira vivencia um ataque feroz das organizações privadas e dos órgãos internacionais. Tal ataque agride diversos setores e espaços, como a autonomia universitária, a pesquisa, a assistência estudantil e a organização política de professores, estudantes e funcionários.

Além disso, a conjuntura nacional nos apresenta um outro problema que é o desemprego. Tal fator é responsável por milhares de trabalhadores e trabalhadoras se submeterem a condições precarizadas e aviltantes de trabalho, como a exploração desenfreada e a perda de diretos historicamente conquistados. Tal realidade está presente também nas novas contratações de docentes nas universidades públicas de todo o país.
O contrário disso, ou seja, o emprego formal e seguro, se transformou na mais idílica condição dos sujeitos da classe trabalhadora.

As recentes contratações de professores e professoras na UnB representa para esses novos docentes, uma possibilidade de uma carreira segura, produtiva e contributiva para comunidade acadêmica e sociedade em geral. Todas essas perspectivas, a ansiedade de chegar ao "novo mundo", à "capital do país", a "uma das melhores universidades do Brasil"... Estão sendo postos a prova! Estamos num conflito de décadas de fragmentação da educação, da saúde, da cultura e de usURParção de direitos conquistados por nós, trabalhadoras e trabalhadores.

Ao ingressar recentemente nesta universidade (março/2010), reconhecida como uma das maiores universidades do país, me enchi de orgulho e satisfação, vislumbrando um futuro promissor e uma atuação político-acadêmica nos espaços da universidade e da comunidade em geral. No entanto, me deparei com um intenso movimento de greve em defesa da autonomia e isonomia universitária, da manutenção de salários e de direitos dos professores, técnicos administrativos e estudantes.

Oportunamente, me inseri de maneira tímida no movimento, porém ávida de participação! Nesse ambiente, conheci dezenas de professores, participei de assembléias, carreatas, caminhadas e outras manifestações, as quais me possibilitaram perceber dentre diversas pessoas envolvidas, um grupo altamente combativo, responsável, comprometido e solidário, no sentido mais essencial que tem esse termo. Tal grupo provocou em mim uma vontade de Participação e Luta por uma UnB livre e autônoma.

E mais, me identifiquei com esse grupo, não simplesmente pela nossa condição de docente sem URP, mas acima de tudo pela concepção de classe trabalhadora unificada, pela ideologia coletiva e combativa de que nós, professores e professoras, devemos ter, aguerridamente, contra as investidas do governo em precarizar nossa condição de trabalho.

Por isso, que eu, professora recém ingressa no departamento de Serviço Social, apoio, acredito e voto na chapa 2 para as eleições da AdunB, por acreditar que essas pessoas possuem potencialmente condições de construírem de maneira ampla, democrática e crítica um outro sindicato.

Por uma AdunB livre de autoritarismo e burocratismo.

Por uma AdunB que atenda aos reais interesses dos docentes.

Por uma AdunB de Participação e Luta cotidianamente.

E como estamos nós, novos professores da UnB?


A história da UnB é um dos desafios que nós, os novos professores desta Universidade, precisamos conhecer e ajudar a construir. Se muitos de nós conhecemos muito bem essa história, especialmente a excelência acadêmica e o pioneirismo da pesquisa em diversas áreas do conhecimento, e sabemos também que a UnB foi protagonista e palco de diversos embates políticos num período pouco distante da grande ditadura civil e militar imposta ao ordenamento democrático da sociedade brasileira, muitos de nós temos também marcados na memória os recentes escândalos de corrupção e desmandos que ocorreram nessa mesma UnB em 2008, e que a mídia nacional nos deu a conhecer em qualquer parte desse país, de onde viemos.
Mas se os fatos recentes de improbidade e privatismo maculam e “timothyam”  a imagem dessa grande Universidade que estamos aprendendo a conhecer e a respeitar, outros tantos também recentes acontecimentos, como a reação unificada de toda a comunidade acadêmica (professores, estudantes e técnico-administrativos) que derrubou Timothy e toda sua quadrilha da direção da UnB, e especialmente, o protagonismo dos estudantes da UnB no processo de destituição do ex-governador Arruda, orgulham-nos e nos inspiram pois indicam que na UnB existe uma comunidade ativa e que está atenta e intervém firmemente no que se passa dentro e fora desta Universidade.
Se para nós, os novos professores da UnB, essa história pode ser vivida de diversas formas, uma forma em especial nos aproximou e nos colocou lado a lado nos últimos meses, o corte real de 26,05% dos nossos salários com a retirada, e para muitos de nós nunca recebida, da URP. A nossa primeira greve na UnB nos revelou mais ainda da história dessa Universidade: a solidariedade e a mobilização da comunidade acadêmica é forte e mostra vitalidade quando se trata de defender nossos salários de professores.
Todavia, nós, os novos professores, nos perguntamos: como ficaremos se houver definitivamente esse corte nos nossos salários? Como ficam as nossas condições de vida na cidade mais cara do país, e qual será o futuro profissional e pessoal que buscamos quando escolhemos e batalhamos para trabalhar na UnB? As respostas serão agora parte da história que nós, os novos professores, teremos necessariamente que construir junto com toda a comunidade da UnB.
E não foi somente o corte de salário que nos surpreendeu quando chegamos na UnB. Encontramos uma universidade em plena expansão, mas que cresce sem nos proporcionar boas condições de trabalho, impregnada pelo “produtivismo e quantitativismo” intelectuais que serão impostos às nossas avaliações de estágio probatório, ao nosso acesso aos recursos para pesquisar e para desenvolver extensões comunitárias. Muitos de nós continuamos como professores que têm acesso apenas ao ensino, e diga-se já da graduação, pois na pós-graduação as regras são as mesmas. Outros benefícios que poderíamos ter acesso estão cada vez mais restritos como, por exemplo, a moradia funcional. E nós que estamos nas faculdades igualmente novas fora do campus Darcy Ribeiro --  Faculdade UnB Gama , Faculdade UnB Planaltina  e Faculdade UnB Ceilândia--, vivemos uma situação ainda mais dramática, principalmente porque, alem das péssimas condições de trabalho para nós docentes e para os técnico-administrativos, e de formação para os nossos estudantes, as perspectivas de melhoria necessitam de uma luta muito mais intensa e que irá exigir a participação de toda a UnB, especialmente da direção do nosso sindicato, a ADUnB.
Por toda essa história da UnB, nós, os novos professores, podemos acreditar que a situação de crise institucional que se instaurou nessa Universidade e que os problemas e dificuldades que estamos encontrando nesse início de trabalho podem e devem ser enfrentados, mas para isso necessitamos de algumas condições, dentre elas duas nos parecem essenciais: a primeira, uma direção do movimento sindical docente combativa e que lute e encaminhe ações de interesse coletivo dos docentes, da comunidade acadêmica e da UnB; a segunda, que nós, os novos professores, aliados aos demais professores há mais tempo nessa Universidade, estejamos dispostos a discutir e intervir efetivamente nos rumos da luta diária que é travada para que a UnB, e a Universidade brasileira, seja espaço de excelência acadêmica e de formação profissional com qualidade e acesso a todas as classes sociais.
Para a primeira condição, um conjunto de novos professores somaram-se a outros colegas com histórias e experiências nessa Universidade e estão se propondo construir uma outra direção para o movimento docente da UnB, formando a Chapa 2 – Participação e Luta que se apresenta para concorrer à direção da ADUnB. E para a segunda, convidamos todos os professores da UnB, especialmente nós, os novos, a discutir e influir nesse momento difícil para a UnB, e participar do processo eleitoral da ADUnB, e decidir qual é o projeto de movimento docente e de Universidade que pode lutar, com a sua participação, para construir uma UnB democrática, com boas condições de trabalho e de salários para todos os servidores, não privatista, e socialmente comprometida.


CHAPA 2 – PARTICIPAÇÃO E LUTA.

Debate em Planaltina

Hoje às 14h, teremos um debate no campus da Faculdade de Planaltina.

Venha participar!