Departamento de Serviço Social
Atualmente a universidade pública brasileira vivencia um ataque feroz das organizações privadas e dos órgãos internacionais. Tal ataque agride diversos setores e espaços, como a autonomia universitária, a pesquisa, a assistência estudantil e a organização política de professores, estudantes e funcionários.
Além disso, a conjuntura nacional nos apresenta um outro problema que é o desemprego. Tal fator é responsável por milhares de trabalhadores e trabalhadoras se submeterem a condições precarizadas e aviltantes de trabalho, como a exploração desenfreada e a perda de diretos historicamente conquistados. Tal realidade está presente também nas novas contratações de docentes nas universidades públicas de todo o país.
O contrário disso, ou seja, o emprego formal e seguro, se transformou na mais idílica condição dos sujeitos da classe trabalhadora.
As recentes contratações de professores e professoras na UnB representa para esses novos docentes, uma possibilidade de uma carreira segura, produtiva e contributiva para comunidade acadêmica e sociedade em geral. Todas essas perspectivas, a ansiedade de chegar ao "novo mundo", à "capital do país", a "uma das melhores universidades do Brasil"... Estão sendo postos a prova! Estamos num conflito de décadas de fragmentação da educação, da saúde, da cultura e de usURParção de direitos conquistados por nós, trabalhadoras e trabalhadores.
Ao ingressar recentemente nesta universidade (março/2010), reconhecida como uma das maiores universidades do país, me enchi de orgulho e satisfação, vislumbrando um futuro promissor e uma atuação político-acadêmica nos espaços da universidade e da comunidade em geral. No entanto, me deparei com um intenso movimento de greve em defesa da autonomia e isonomia universitária, da manutenção de salários e de direitos dos professores, técnicos administrativos e estudantes.
Oportunamente, me inseri de maneira tímida no movimento, porém ávida de participação! Nesse ambiente, conheci dezenas de professores, participei de assembléias, carreatas, caminhadas e outras manifestações, as quais me possibilitaram perceber dentre diversas pessoas envolvidas, um grupo altamente combativo, responsável, comprometido e solidário, no sentido mais essencial que tem esse termo. Tal grupo provocou em mim uma vontade de Participação e Luta por uma UnB livre e autônoma.
E mais, me identifiquei com esse grupo, não simplesmente pela nossa condição de docente sem URP, mas acima de tudo pela concepção de classe trabalhadora unificada, pela ideologia coletiva e combativa de que nós, professores e professoras, devemos ter, aguerridamente, contra as investidas do governo em precarizar nossa condição de trabalho.
Por isso, que eu, professora recém ingressa no departamento de Serviço Social, apoio, acredito e voto na chapa 2 para as eleições da AdunB, por acreditar que essas pessoas possuem potencialmente condições de construírem de maneira ampla, democrática e crítica um outro sindicato.
Por uma AdunB livre de autoritarismo e burocratismo.
Por uma AdunB que atenda aos reais interesses dos docentes.
Por uma AdunB de Participação e Luta cotidianamente.
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